
Era pós-PC: o que será dos computadores,
após a invasão dos dispositivos móveis?
Por Redação | em 25.01.2013 às 14h00
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Muito se fala a respeito do fim de uma era, onde os PCs eram parte
importante da vida tecnológica das pessoas. A tal "era pós-PC" é uma
realidade, e tem se mostrado presente principalmente quando falamos nos
números decadentes das empresas que trabalham no setor.
Os dispositivos móveis, como smartphones e tablets, estão cada dia mais
potentes e acumulando funções que antes só podiam ser feitas com um
computador maior. Mas será que os PCs vão realmente "morrer"? É muito
difícil imaginar que eles simplesmente desapareçam do mapa com o passar
do tempo. O termo "morte" dos PCs deveria ser substituído por algo como
uma erosão lenta e gradual da importância deles em nossas vidas.
Adrian Kingsley-Hughes, um autor que se dedica à tecnologia - desde
programação até a manutenção de computadores - escreveu um artigo para o
site ZDNet falando sobre o que podemos esperar da era pós-PC. Confira
os principais pontos abordados por ele:
Força bruta não é mais importante
O efeito cumulativo da Lei de Moore (que diz que os processadores de
computadores dobram em complexidade a cada dois anos) fez com que os
chips e unidades de processamento gráfico (GPUs) sejam agora tão
poderosos que até mesmo os menores processadores são fortes o suficiente
para lidar com todas as tarefas.
Isso significa que o poder e desempenho já foram marginalizados.
Raramente você ouve as pessoas falarem atualmente sobre gigahertz,
porque do lado de fora dos jogos e aplicações high-end, como edição de
vídeo e computação de alto desempenho, não existem mais motivos para
fazer pressão sobre o silício.
Baixo consumo de energia
Hoje há um esforço maior para conseguir aumentar a vida útil da bateria
dos dispositivos. Atualmente, as pessoas querem que seus dispositivos
funcionem o dia inteiro, e para dar às pessoas o que elas querem, a
indústria teve que espremer o máximo possível do hardware. Na era
pós-PC, os PCs devem ser pequenos, frios e silenciosos, graças aos
avanços no consumo de energia dos aparelhos.
Seu novo disco rígido é uma nuvem
Cada dia mais as pessoas estão aderindo à nuvem como opção para
armazenar seus dados. Quando pensamos em armazenamento na nuvem,
pensamos em ter acesso a gigabytes de espaço com pouco ou nenhum custo.
Esse tipo de solução é conveniente para a sincronização de dados entre
vários dispositivos - uma tendência que cresce a cada dia. Além disso,
já existem opções de nuvem pessoal, onde você pode ter toda essa
comodidade, porém dentro da sua própria casa.
Leia também: Nuvem pessoal: uma nuvem para chamar de sua
Cloud Computing
Pequeno é o novo grande
Na era pós-PC, pequeno e leve são sinais de qualidade. Na maior parte
dos casos, estes dispositivos ficaram mais compactos graças ao
encolhimento dos componentes, mas a eficiência de energia também é outro
fator que influencia. O maior desperdício do sistema de energia, no
caso dos fãs de arrefecimento, é o espaço considerável que o hardware
para fazer esses serviços ocupa.
Quando retiramos a tampas de CPUs mais velhas, percebemos que boa parte
do volume está preenchida com ar. Esse ar condicionado era vital na
manutenção de componentes como a CPU e a GPU, evitando superaquecimento e
uma cratera queimada na placa-mãe. Já os sistemas mais modernos possuem
menos espaço livre, o que permite que sejam significativamente menores e
mais densos.
Simples é o novo complexo
Basta prestar atenção para notar que os PCs e notebooks da era Windows
XP contam com uma série de portas e conectores. A ideia era que a parte
de trás de cada computador fosse um lar para diversas fiações, e que o
PC deveria ser um hub no centro de um ecossistema muito maior.
Conectores do PC
Na era pós-PC, os dispositivos devem perder grande parte dessa
complexidade, em vez disso vão contar com conectividade sem fio baseada
em Wi-Fi e Bluetooth.
Atualizações serão coisa do passado
Atualmente você pode sair e comprar um sistema barato e, ao longo de uma
série de upgrades, acabar com um sistema muito melhor. A ideia de ter
sistemas personalizados e ajustados às necessidades individuais de cada
usuário é muito interessante. Mas essa era está chegando ao fim.
Como os PCs estão se tornando menores e mais compactos, muitos dos
componentes que antes eram atualizáveis - CPU, GPU, memória RAM, e assim
por diante - são soldados diretamente na placa-mãe. "Embora eu não
possa argumentar que este método tem prós significativos, ele está
matando lentamente o poder do usuário de personalizar um sistema. E isso
só vai piorar nos próximos anos", explica Adrian Kingsley-Hughes.
Adeus, jogos de PC!
A conveniência e a qualidade dos jogos para PC estão dando lugar aos
jogos casuais em smartphones e tablets. Futuramente, os jogos para PCs
serão vistos como algo grande, barulhento, caro e problemático. Entre
outras razões pelas quais os jogos para PC estão caindo em desuso está a
pirataria.
Matéria completa:
http://canaltech.com.br/noticia/produtos/Era-pos-PC-o-que-sera-dos-computadores-apos-a-invasao-dos-dispositivos-moveis/
O conteúdo do Canaltech é protegido sob a licença Creative Commons (CC BY-NC-ND). Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção.
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